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Encontros sobre agrominerais e sustentabilidade atraem mais de 500 participantes em Cuiabá

Os eventos reuniram público presencial e virtual para debater alternativas aos fertilizantes importados e os desafios da mineração sustentável no Brasil

Eventos XVIII GEO Políticas e o Workshop Agrominerais e a Política de Fertilizantes do Brasil
Mesa de abertura

Os eventos XVIII GEO Políticas e o Workshop Agrominerais e a Política de Fertilizantes do Brasil reuniram mais de 500 participantes entre inscrições presenciais e virtuais, entre os dias 1º e 3 de setembro, na sede da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), em Cuiabá.


Ao longo de três dias, 15 palestrantes abordaram temas como o uso de agrominerais como alternativa nacional aos fertilizantes importados, o papel da mineração na sustentabilidade e a contribuição da geologia para a agricultura e o desenvolvimento nacional.


“Os eventos trouxeram informações técnicas e dados atualizados que são essenciais para profissionais de diversos setores. Agradeço a todos os palestrantes, participantes e apoiadores que fizeram parte dessas discussões e contribuíram para o sucesso do encontro. É em espaços como este que construímos pontes para implementar soluções no futuro”, afirmou o presidente da Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo), Caiubi Kuhn.


Veja como foi a programação


A audiência pública promovida pela Assembleia Legislativa (ALMT), requerida pela deputada estadual Sheila Klener, abriu a programação. Na pauta, o potencial de produção de fertilizantes a partir da mineração no estado.


Durante o primeiro dia, o Workshop Agrominerais e a Política de Fertilizantes do Brasil reuniu especialistas que apresentaram cenários de aplicação de remineralizadores na agricultura e perspectivas de avaliação agronômica.


Participaram das discussões Douglas Leite de Brito (SEDEC), o doutor José Carlos Polidoro (MAPA), Anderson Alves de Souza, chefe do Núcleo do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) em Cuiabá, e o professor Francisco Egidio Cavalcante Pinho, que abordaram desde os desafios tecnológicos e setoriais até a geologia das rochas alcalinas de Mato Grosso e seu papel no fornecimento de fertilizantes.


No segundo dia, a mesa “Os agrominerais, pesquisas e usos” trouxe a professora Ana Cláudia Franca Gomes (UFMT), o professor Rogério Roque Rubert (UFMT), a professora Fernanda de Paula Medeiros (UNB) e o professor Eder de Souza Martins (EMBRAPA), para falar sobre a avaliação de resíduos de mineração para uso como remineralizadores, projetos e produtos da geociência aplicados à agricultura, e o papel dos agrominerais regionais no manejo da fertilidade do solo.


No período vespertino, o professor Eder Martins ministrou um minicurso sobre caracterização de agrominerais silicáticos como fertilizantes e remineralizadores, detalhando métodos de análise e aplicações práticas para o setor agrícola.


O terceiro dia teve como foco a mineração sustentável e sua relação com políticas públicas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Na mesa “Mineração sustentável”, Luiz Felipe Midon de Melo, da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Rodrigo dos Reis Salles (Aura Apoena) e Sérgio Augusto Carvalho de Oliveira (Nexa Resources) apresentaram o setor mineral sob a perspectiva da inteligência estratégica de estado, exploração responsável e alinhamento às metas globais de sustentabilidade.


Na segunda mesa, “Mineração e sustentabilidade e a COP 30”, participaram Gilson Gomes Camboim (Fecomin), o professor Caiubi Kuhn (FEBRAGEO/UFMT) e André Molina (COOPERPOCONE/AGEMAT), que abordaram o cooperativismo mineral, o impacto da mineração na sociedade e no dia a dia e a integração das práticas do setor aos ODS.


No encerramento, a Febrageo lançou a campanha de apoio ao Projeto de Lei n° 3488/2025, de autoria do senador Jayme Campos (União-MT), que propõe a obrigatoriedade de tabelas informativas sobre o uso de recursos minerais em produtos industriais.


Com patrocínio do Confea e Crea-MT, a realização é da (Febrageo), por meio das entidades regionais Associação dos Profissionais Geólogos do Estado de Mato Grosso (Agemat), Associação dos Geólogos de Cuiabá (Geoclube) e Sindicato dos Geólogos de Mato Grosso (Singemat). O evento também tem apoio da Faculdade de Geociências da UFMT e do Ministério da Agricultura e Pecuária.

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